O NEOLIBERALISMO JÁ MORREU! FALTA, APENAS, ENTERRÁ-LO!

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Foto: Comemoração grega em relação à vitória do “não” no plebiscito do domingo.

 

Autor: Sandro Ari Andrade de Miranda, advogado, mestre em ciências sociais.

 

A vitória arrasadora do “não” no plebiscito grego demonstrou que nenhum povo aguenta mais o receituário neoliberal, baseado no arrocho fiscal, no controle fundamentalista do gasto público e nas privatizações.

A Grécia foi o laboratório mais acabado de um modelo econômico e político que jogou a humanidade numa crise iniciada em 2008 e que parece não ter fim, e vem levando os indicadores de trabalho e renda, em todo o planeta, a resultados subterrâneos.

Tanto o “Berço da Cultura Ocidental”, como a Espanha, espremidas pela política fiscal imposta pelo Banco Central Europeu, comandando pelos interesses das poderosas economias Alemã e Francesa, e pelo Fundo Monetário Internacional – FMI, conviviam com taxas de desemprego absurdas, na casa dos 30% da população economicamente ativa, e a situação só não era pior em razão da sobrevivência do famoso sistema de seguridade europeu, que mesmo com o massacre imposto pelas agências financeiras ainda garantiu alguma segurança à população.

As vitórias do Syriza nas eleições parlamentares da Grécia, e do Podemos na Espanha foram um duro golpe na direita europeia, demonstrando que as políticas de ajuste fiscal em favor do capital financeiro, além de fracassarem no campo econômico, perderam total legitimidade política.

Sinais expressivos de descontentamento com este tipo de desenho econômico vêm surgindo em todos os cantos do planeta, e uma prova disto é a hegemonia da esquerda na América Latina, e o seu crescimento nos países das economias em desenvolvimento.

A receita do controle do gasto público fracassou. O Estado somente pode existir para garantir o interesse público e o bem-estar da população. Não há mais espaço para o neoliberalismo! Muitos ainda não acreditam ou não se conformam, mas o modelo econômico que fracassou em termos de resultados em todo o planeta já morreu! Não devemos mais administrar as crises por ele criadas, a nossa tarefa, agora, é enterrá-lo!

 

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