Foto: Pierrot Blanc, de Pierre-Auguste Renoir (1901)
Sabes, senhora, estou enamorado de ti.
Perdido diante da minha arrogância
tornei-me um parvo com as palavras.
Minhas súplicas não ouviste
talvez porque eu tenha preferido o silêncio.
Entretanto, meus olhos, estes terríveis traidores
te acompanham por onde passas.
Já não tenho mais desculpas para escondê-los.
E, por sinal, parece que estão entregues aos seus caprichos.
Minhas mãos buscam o vazio, talvez na esperança de tocar-te.
Os meus ouvidos, outrora disciplinados,
caminham pelos ambientes em busca da tua voz.
Minha boca parece ressequida neste deserto interminável de sonhos,
espera ser saciada por seus lábios que tanto me fascinam.
O meu corpo parece em revolução.
O cérebro já não tem mais controle sobre meu coração rebelde.
Minhas pernas caminham apressadas, como querendo te encontrar.
Deixei-me ser levado pelos instintos.
Somente acalmo quando te vejo.
É um momento eterno, que transforma o meu dia…
(Autor: Sandro Ari Andrade de Miranda, 28/10/2019)
Oie Que lindo poema quanta inspiração moço. Bjs…
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Às vezes o improviso funciona!
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